Socorro no túnel ferroviário de Espinho

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Socorro no túnel ferroviário de Espinho só é possível a pé.
Acesso de emergência não satisfaz entidades.
O túnel ferroviário de Espinho não é acessível a viaturas de socorro. Em situação de acidente ou incêndio, os bombeiros só conseguem entrar e sair do túnel a pé, por escadas por onde são obrigados a evacuar possíveis vítimas, mesmo que feridas e em maca.


O Plano de Emergência Integrado do Túnel e Apeadeiro de Espinho, a que o JN teve acesso, comprova que os acessos de emergência são apenas escadas.

E se a situação já de si é preocupante e muito complicada em termos do esforço que implica para as equipas de socorro, segundo o presidente da Junta de Espinho, Rui Torres, o caso ganha proporções ainda mais graves se atendermos ao facto de existirem saídas de emergência apenas de um dos lados do túnel.

“É inacreditável que não tenham equacionado a hipótese de ter de evacuar um comboio parado no túnel, imaginemos em chamas, exactamente do lado das saídas de emergência que, neste caso, é o poente. Tal cenário obrigaria as pessoas a percorrer várias dezenas de metros num piso altamente irregular até chegar à saída mais próxima. Isto para não falar do penoso que seria para crianças, idosos ou pessoas com mobilidade reduzida”, disse o autarca que fez parte da direcção dos Bombeiros de Espinho.

É exactamente essa corporação que há muito reivindica por uma viatura especial, capaz de circular na estrada e sobre carris, com todos os equipamentos necessários no combate ao fogo, além de macacos hidráulicos, grua, entre outras características.

Segundo Rui Torres,ainda antes do início da obra de rebaixamento da linha férrea, foi dada a conhecer ao executivo da Câmara de então a necessidade de tal viatura, tendo aquele, ao que tudo indica, transmitido a preocupação à REFER.

“Foi dito que os carris iriam ficar ao nível do solo, tipo embutidos, como acontece na linha do metro de superfície do Porto, o que permitiria a circulação de qualquer veículo. Acontece que os carris não foram construídos dessa forma”, recordou Rui Torres, que adiantou que, na altura, a dita viatura especial foi orçada em cerca de 300 mil euros.

“Sabemos que, enquanto bombeiros, temos de estar preparados fisicamente para subir e descer escadas nas piores das situações, mas se pudermos tornar mais rápido o socorro de pessoas e bens, devemos-lo fazer. Se há meios capazes de tornar isso possível há que lutar por eles”, frisou Moisés Couto, comandante dos Bombeiros Voluntários de Espinho, que defende que tal veículo deveria ser financiado sobretudo pelo Estado já que ficaria ao serviço para qualquer situação.

Questionado sobre o assunto, o vereador da Protecção Civil, Quirino de Jesus, disse que a REFER lhe garantiu que todas as questões de segurança no túnel estavam ponderadas e asseguradas as condições de socorro.

Fonte: JN

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