A Cidade de Espinho

Ontem, a lagoa ainda se encontrava fechada ao mar por uma fina língua de areia, do lado da praia de Paramos, para onde este ano, se estendeu a massa de água escura e poluída.

No entanto, tudo indica que em poucos dias essa fina camada de areia não suporte mais e a lagoa se abra ao mar, vazando para a água e areais toda a poluição ali acumulada. Se isso acontecer, o mais certo é que as duas praias, mas sobretudo Esmoriz que fica a sul (logo é mais afectada pelas correntes), fiquem interditas a banhos, isto ainda antes do início da época balnear, marcado para o próximo dia 15 de Junho.

Numa visita conjunta à barrinha, e também à ETAR de Paramos, realizada ontem pelos executivos das duas juntas de freguesia, chegou-se à conclusão que o melhor é mesmo que a lagoa se abra ao mar o mais depressa possível e antes que chegue a data do hastear das bandeiras, prevista lá para o final do mês.

"Ou corremos o risco de perder esse galardão que tanto nos orgulha e que vem coroar todo o trabalho realizado em prol da qualidade e da segurança das nossas praias", explicou ao JN, a presidente da Junta de Esmoriz, Rosário Relva.

"Nesta visita acordamos tudo fazer para que a lagoa, depois de aberta, não seja fechada por mão humana durante toda a época balnear. Dessa forma, evitaremos pelo menos três possíveis vazamentos, o que seria de esperar se fossemos fechá-la sempre que a poluição transbordasse. Ficando aberta, a água do mar entra na lagoa, permite o arejamento e faz com que a água que ali vem ter poluída fique diluída e não constitua perigo para os banhistas", explicou, por sua vez, o presidente da Junta de Paramos, Américo Castro.

Fonte: Jornal de Noticias